Widegets da Uol

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Como o pedreiro que teve a cabeça perfurada por vergalhão sobreviveu sem sequelas?

Como o pedreiro que teve a cabeça 



perfurada por vergalhão sobreviveu 



sem sequelas?

Eduardo trabalhava na obra de um prédio na zona sul carioca. Era um dia comum de trabalho. Uma dúzia de ferros tinha acabado de ser erguida, quando um deles - de dois metros - se soltou e caiu do quinto andar.

“Nada acontece por acaso. É sempre um querer que Deus tem para cada um”, afirma Eduardo Leite Duarte, operário.
Quem não se lembra do operário atingido por um vergalhão? Eduardo trabalhava na obra de um prédio na zona sul carioca. Era um dia comum de trabalho. Uma dúzia de ferros tinha acabado de ser erguida, quando um deles - de dois metros - se soltou e caiu do quinto andar.
“Eu estava de capacete e só senti aquela porrada na cabeça. Abri o olho e vi a ponta do vergalhão, sangrando. Foi aquela correria. Eu não senti doer não, mas foi forte. Eu percebi a reação das pessoas quando cheguei no hospital. Muito alvoroço”, conta.
“Foi um desespero total, uma gritaria. ‘Doutor Ivan, chega aqui na emergência que chegou um homem com um ferro na cabeça’. Sempre assusta, né?”, diz Ivan Santana, médico.
Eduardo chegou consciente, conversando. Passou por uma cirurgia de cinco horas. Perdeu massa encefálica e os médicos tiveram que reconstituir o crânio. Mas 15 dias depois do acidente ele já estava recuperado.
O caso foi tão impressionante que até os médicos do hospital de referência de atendimentos de pacientes com trauma e vítimas de acidentes graves no Rio de Janeiro se surpreenderam. Eles nunca tinham visto nada igual. E nenhum deles apostaria que o Eduardo fosse receber alta sem apresentar nenhuma sequela.
“Ele correu o risco de ter uma paralisia em algum grau no lado esquerdo do corpo, perder o olho direito e até morrer. Acho que foi Deus, porque o objeto passou perto de todas as estruturas que poderiam levar a essas consequências e não pegou nada”, afirma Ivan.
“Se eu não tivesse com capacete, em vez de descer 40 centímetros, teria passado tudo. O capacete ajudou a travar o ferro”, destaca Eduardo.
Dez meses depois de deixar o hospital, Eduardo teve uma convulsão, provavelmente consequência do acidente. Ele passou, então, a tomar remédios para evitar uma nova crise, mas poucas coisas mudaram na vida desse sobrevivente.
“Jogar bola, tem que ter cuidado para não cabecear a bola, evitar ficar muito cansado. Mudou umas coisas, mas dá para levar. Meu jeito de encarar a vida é o mesmo, acordando 4h30, indo trabalhar, voltando. É a mesma coisa”, conta Eduardo.
Quase a mesma coisa. A família vai crescer em breve. Lilian, mulher do Eduardo, está esperando o terceiro filho do casal. “Espero que a gente possa dar uma boa educação para ele, ensinar o que é certo, o que é errado. E que ele sempre ande com Deus também”, completa Eduardo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário